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Foto do escritorOtorrino DF Entenda Mais

Doença de Alzheimer e Sono

A Doença de Alzheimer (DA) absolutamente não faz parte do "envelhecimento normal". Geralmente começa após os 60 anos e, a partir daí, sua incidência quase dobra a cada cinco anos.


Trata-se de uma desordem cerebral que afeta o pensamento, memória, linguagem e a capacidade de realizar atividades da vida diária. Os sintomas desenvolvem-se lentamente, aparentemente com problemas de memória de curto prazo. Ao longo do tempo, os pacientes perdem cada vez mais suas capacidades mentais. Eles têm dificuldade em lembrar de pessoas ou eventos e, em seguida, não conseguem realizar suas tarefas cotidianas, como cozinhar ou tomar banho, por exemplo. Na fase avançada, não são capazes de reconhecer seus entes queridos, falar ou pensar coerentemente.


Nos indivíduos com DA a perda de tecido cerebral (que leva ao déficit de habilidades mentais) também pode interromper o ciclo sono-vigília, o que faz com que os pacientes fiquem sonolentos durante o dia e tenham perambulação e agitação durante a noite.


A intensidade dos distúrbios do sono em pacientes com DA depende muito do estágio da doença. Pacientes nos estágios iniciais podem dormir mais do que o habitual ou acordar desorientados. Conforme a doença progride, eles começam a dormir durante o dia e despertam frequentemente durante a noite, ficando mais expostos a riscos, na medida em que neste horário a maioria dos moradores da casa estará dormindo.


O termo "sundowning" é utilizado para descrever o aumento do comportamento agitado que acontece após o anoitecer, resultando em stress físico e emocional ainda maior para quem cuida destes pacientes.


A DA também pode estar ligada à Apneia Obstrutiva do Sono, o que demonstra a complexidade da doença.


Infelizmente, ainda não há cura para a DA, porém existem tratamentos medicamentosos que podem retardar sua progressão e coibir seus sintomas.


As terapias comportamentais também ajudam a amenizar os sintomas, inclusive aquelas com enfoque nos distúrbios do sono, com orientações aos familiares e cuidadores dos pacientes, cumprindo importante papel no tratamento. O treinamento da memória auxilia os pacientes com esquecimento e a psicoterapia pode aliviar os sintomas depressivos.


Via: @dr.pmarsiglio






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